O principal tribunal nova-iorquino rejeitou o mais recente esforço de Donald Trump para evitar testemunhar no quadro da investigação civil da procuradora-geral estadual sobre os seus negócios, o que abre caminho ao seu testemunho em julho.
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O Tribunal de Apelos estadual considerou que não havia "questão constitucional substancial" que justificasse a sua intervenção no assunto, depois de um tribunal de nível inferior ter decidido manter uma intimação para Trump depor, depois de este a ter contestado.
O Tribunal de Apelos também rejeitou uma pretensão dos advogados de Trump para que anulasse a intimação, com o argumento de que a pretensão era "académica", uma vez que, desde logo, nem sequer tinha recebido a pretensão do antigo presidente.
Trump e os seus dois filhos mais velhos, Ivanka e Donald Trump Jr., concordaram na semana passada em responder a questões sob juramento, a partir de 15 de julho, a não ser que o Tribunal de Apelos decidisse agir.
A AP procurou obter reações junto do antigo presidente e da procuradora-geral nova-iorquina, Letitia James. O advogado Alan Futerfas, que representa Ivanka e Donald Trump Jr., declinou responder.
A divisão de apelos do Tribunal decidiu em 26 de maio que Trump tinha de depor, apoiando uma decisão de um tribunal inferior segundo a qual o gabinete da procuradora-geral tinha "o direito" de questionar Trump e outras figuras da sua empresa, a Trump Organization.
James tem dito que a sua investigação de três anos descobriu provas de que a Trump Organization sobrestimou o valor dos seus ativos, incluindo arranha-céus, campos de golfe e até a sua 'penthouse' em Manhattan para conseguir empréstimos, seguros e benefícios fiscais para dádivas imobiliárias.
Um advogado do seu gabinete disse a um juiz no mês passado que as provas podem suportar uma ação legal contra Trump, a sua empresa ou ambos, se bem que a procuradora ainda não tenha tomado uma decisão.
Trump tem criticado a investigação como sendo uma 'caça às bruxas' politicamente motivada contra si.