Ativistas e o Observatório Sírio dos Direitos Humanos acusaram esta segunda-feira as tropas sírias de terem utilizado um gás desconhecido até agora contra a rebelião em Homs.
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A Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) cita ativistas na cidade que afirmam que seis rebeldes morreram na noite de domingo para segunda-feira no bairro de Khaldiyé depois de terem inalado um gás inodoro disparado pelas forças governamentais.
A organização não-governamental (ONG), que se apoia numa larga rede de militantes e de médicos no terreno, fala de "um gás que se liberta sob a forma de fumo branco quando as granadas chocam com uma superfície".
"Poderá tratar-se de um gás nunca utilizado até agora, que provoca tonturas, dores de cabeça e, nalguns caso, convulsões", adianta o OSDH.
O diretor desta ONG, Rami Abdel Rahmane, afirmou à agência noticiosa francesa AFP, por telefone, que "não se trata de uma arma química", embora se desconheça se "é proibida a nível internacional ou não".
"Os militantes afirmam que não se trata de uma arma convencional e é a primeira vez que estes sintomas são relatados", disse ainda.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), sediado no Reino Unido, apelou à Cruz Vermelha Internacional para enviar imediatamente uma equipa médica especializada a Homs, onde alguns bairros estão cercados há seis meses pelo exército, para socorrer os feridos e realizar um relatório sobre a utilização daquele gás.
A rede de militantes antirregime dos Comités Locais de Coordenação (CLC) denunciou igualmente a utilização pelo exército de "granadas com gás" em Homs.
"Este gás provoca graves dificuldades respiratórias e o retraimento da íris", afirmam os CLC.