Trump assina lei contra migrantes com delitos menores, a primeira desde regresso ao poder
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou esta quarta-feira a sua primeira lei desde que voltou ao poder, uma medida que permite às autoridades da imigração deter migrantes por furto e outros delitos menores antes de serem condenados.
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Trump assinou a lei, a primeira do seu segundo mandato presidencial, iniciado a 20 de janeiro, na Sala Leste da Casa Branca, diante de cerca de 100 convidados, entre os quais familiares de Laken Riley, uma mulher morta por um imigrante ilegal cuja morte "inspirou" a legislação.
"Os Estados Unidos nunca esquecerão Laken Riley", declarou Trump, acrescentando que o migrante que a assassinou deveria ter sido deportado.
"Em vez de ser expulso, como deveria ter acontecido, foi libertado nos Estados Unidos, tal como milhões de outras pessoas, muitas delas muito perigosas - mas já veem o que estamos a fazer, estamos a tirá-las daqui", sublinhou.
Tirar financiamente a escolas que ensinam antirracismo
Trump também anunciou hoje que vai assinar uma ordem executiva para privar de financiamento escolas públicas cujos programas de ensino combatam o racismo, uma das suas promessas de campanha.
O presidente dos Estados Unidos vai “assinar uma ordem executiva (…) para acabar com o financiamento das escolas públicas que ensinam a 'teoria crítica da raça' e outros programas que são fonte de divergências”, declarou a nova porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, numa entrevista ao canal televisivo conservador Fox News.
Esse conceito, “teoria crítica da raça”, que originalmente designava uma corrente de investigação, é utilizado de forma pejorativa pelos conservadores para condenar o ensino que sensibiliza contra o racismo.
Trump comprometeu-se, durante a campanha eleitoral, a suprimir todo o financiamento federal a escolas que tenham adotado a “teoria crítica da raça”.
Entre uma nova série de ordens executivas presidenciais que deverá assinar hoje à tarde, o presidente republicano vai também assinar uma destinada a deportar os residentes estrangeiros, incluindo estudantes com vistos válidos, que participaram em manifestações pró-palestinianas nos Estados Unidos na primavera passada.
Uma vaga de protestos varreu, na altura, as universidades de todo o país, depois de uma primeira manifestação pró-palestiniana no campus da Universidade de Columbia contra Israel, por causa da sua brutal ofensiva na Faixa de Gaza, que fez mais de 47.300 mortos em 15 meses, lançada em retaliação ao ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano Hamas em território israelita a 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1200 pessoas, na maioria civis, e sequestrando 251.