O ministério da Defesa ucraniano iniciou este domingo a mobilização dos militares na reserva para assegurarem a integridade do território, ordenando aos comandantes a colocação em estado de alerta das suas unidades, perante a iminência de uma intervenção militar russa na Crimeia.
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O anúncio foi feito numa conferência de imprensa em Kiev, pelo secretário do Conselho de Defesa e Segurança Nacional da Ucrânia, Andréi Parubi, citado pelas agências internacionais.
"O Ministério da Defesa precisa de chamar todas as forças armadas no momento de forma a assegurar a segurança e a integridade territorial da Ucrânia após a violação por parte da Rússia dos acordos bilaterais", disse o responsável.
A câmara alta do parlamento russo aprovou no sábado, por unanimidade, um pedido do presidente Vladimir Putin para autorizar "o recurso às forças armadas russas no território da Ucrânia".
Esta decisão seguiu-se horas depois da denúncia da Ucrânia, na sexta-feira, de que a Rússia fez uma "invasão armada" na Crimeia, península do sul do país onde se fala russo e está localizada a frota da Rússia do Mar Negro.
O secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, anunciou sábado, na rede social "Twitter", ter convocado os 28 embaixadores para "conversações de emergência" sobre "a grave situação na Ucrânia", no domingo, em Bruxelas.
Já o presidente norte-americano, Barack Obama, numa conversa telefónica, disse ao homólogo russo para fazer recuar as forças russas para as bases na Crimeia e advertiu Vladimir Putin contra um isolamento internacional crescente, se mantiver a intervenção na Ucrânia.
Também chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, exortou a Rússia a renunciar ao envio de tropas em direção à Ucrânia e respeitar as leis e compromissos internacionais.
Depois de um apelo do Governo de Kiev, o Conselho de Segurança da ONU vai reunir-se este domingo para uma segunda ronda de discussões em 24 horas devido à escalada de tensão na Ucrânia.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países membros da União Europeia vão reunir-se de urgência na segunda-feira para analisar a situação na Ucrânia.