A União Europeia apelou ao reforço da cooperação internacional no confronto contra o movimento Estado Islâmico (EI), após o controlo pelo grupo do quartel-general das forças curdas na cidade síria de Kobane.
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"Estamos profundamente preocupados pela situação securitária e humanitária em Kobane e na restante e autoproclamada região curda na Síria", refere, em comunicado, o porta-voz da chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton.
"Os habitantes de Kobane demonstraram à comunidade internacional a sua determinação em utilizar todos os meios para proteger os seus direitos fundamentais e os seus valores, e a resistir à opressão", acrescentou.
A UE "condena firmemente o grupo Estado Islâmico e a sua ofensiva em Kobane e permanece determinada em desempenhar plenamente a sua função no combate ao EI", prossegue o texto.
"A UE, a Turquia e outros parceiros regionais e internacionais devem intensificar a cooperação, para isolar e conter a ameaça do EI", e a UE "continua a apoiar plenamente os esforços diplomáticos do emissário especial da ONU para a Síria, Staffan De Mistura, na perspetiva de uma solução política na Síria".
Este responsável afirmou recear "um massacre" e apelou à Turquia que autorize os curdos sírios refugiados na Turquia a transporem a fronteira para irem combater no terreno e defender a cidade.
A UE também manifestou "grande preocupação pelas recentes violências na Turquia", relacionadas com a situação na Síria, " e pela perda de vidas humanas" - mais de 30 mortos entre os manifestantes de origem curda - e apelou "a todas as partes ao diálogo". Disse ainda que está a "trabalhar nos detalhes de um novo plano de ajuda importante" para a região.