Pelo menos 64 pessoas morreram, esta segunda-feira, no Iraque, 54 das quais numa vaga de atentados perpetrados nas regiões xiitas, segundo fontes policiais e médicas.
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Os últimos ataques elevam para mais de 800 o número de pessoas que perderam a vida em atos de violência desde o início de julho e mais de 3000 desde o início do ano, segundo um balanço da agência noticiosa AFP.
O Ministério do Interior iraquiano pediu, num comunicado, aos cidadãos que "apoiem" as forças de segurança para combater a violência.
O Iraque enfrenta "uma guerra aberta conduzida por forças confessionais sanguinárias que pretendem mergulhar o país no caos", acrescenta.
Os atentados desta segunda-feira, visando sobretudo a comunidade xiita, fizeram pelo menos 64 mortos e 232 feridos. Começaram às 07.00 horas e continuaram durante cerca de duas horas.
Em Bagdade, 11 carros armadilhados explodiram em nove bairros diferentes, dos quais sete de maioria xiita, fazendo 34 mortos e mais de 130 feridos.
No bairro xiita de Sadr City, um carro armadilhado e uma bomba destruíram várias lojas e um outro veículo armadilhado explodiu em Mahmudiya, a 30 quilómetros a sul da capital iraquiana, matando pelo menos duas pessoas e ferindo 25.
Em Kut, uma cidade de maioria xiita, dois carros armadilhados no centro da cidade mataram seis pessoas e feriram 57
Dois outros atentados, em Samawa, fizeram dois mortos e dezenas de feridos e um carro armadilhado em Baçorá, também de maioria xiita, provocou a morte de cinco pessoas.
Cinco polícias, entre os quais um tenente-coronel e o seu filho foram mortos por um engenho armadilhado em Baiji, 200 quilómetros a norte de Bagdade.
O exército anunciou ter abatido 10 extremistas a oeste de Tikrit, a cidade natal do ex-líder Saddam Hussein.
A escalada da violência está ligada ao ressentimento da minoria sunita, que estava no poder com Saddam Hussein, face a maioria xiita que dirige atualmente o país e que é acusada de discriminação.