As autoridades russas informaram que um grupo de reclusos na prisão de Volgogrado, no sudoeste da Rússia, tomou o controlo das instalações e fez vários reféns, incluindo guardas prisionais.
Corpo do artigo
Um dos reclusos declarou ter ligações com o grupo Estado Islâmico (EI).
Durante uma comissão disciplinar na colónia penal nº 19, "vários reclusos fizeram funcionários reféns", informou o Serviço Penitenciário Federal numa mensagem na rede social Telegram, acrescentando que estão em curso operações para libertar os reféns e que há vítimas.
Esta prisão de alta segurança, com condições de detenção rigorosas, está localizada na cidade de Surovikino, a cerca de 120 quilómetros a oeste de Volgogrado, a capital regional.
Segundo uma fonte policial citada pela agência russa TASS, pelo menos três agressores atacaram funcionários prisionais.
Um vídeo não autenticado transmitido entretanto por vários meios de comunicação russos, e citado pelas agências internacionais, mostra uma sala, com o chão coberto de sangue, onde se podem observar quatro homens fardados, deitados e ensanguentados, alguns aparentemente inanimados, e pelo menos dois outros homens filmados ao lado de um terceiro indivíduo que fala em árabe.
Este último indivíduo afirma então, em russo, que pertencem ao grupo Estado Islâmico (EI).
Neste vídeo de 46 segundos, um dos homens segura uma faca numa mão e, na outra, um dos alegados guardas pelo pescoço.
Em meados de junho, vários membros da organização "jihadista" foram mortos depois de terem feito reféns dois guardas prisionais numa prisão da região de Rostov (sudoeste), próxima de Volgogrado.
A Rússia tem sido repetidamente alvo de ataques reivindicados pela organização terrorista, embora a influência do EI continue a ser limitada no país.
No final de março, o EI reivindicou a autoria de um atentado contra a Crocus City Hall, uma sala de espetáculos perto de Moscovo, onde homens armados mataram 145 pessoas, o pior atentado na Rússia em quase 20 anos.