A vitória dos rebeldes na Líbia "não está completa" e a NATO deve "continuar em alerta", afirmou, esta terça-feira, em Paris, o chefe da diplomacia francesa, Alain Juppé.
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"Afirmei ontem [segunda-feira] que a vitória não estava completa. O regime [do coronel Muammar Kadafi] está à beira do fim, mas existem ainda algumas bolsas de resistência", disse Alain Juppé.
Os rebeldes entraram, domingo, em Trípoli, mas os combates prosseguem em vários bairros da capital. Um dos filhos de Muammar Kadhafi, Saïf Al-Islam, cuja captura pelos rebeldes tinha sido anunciada segunda-feira, apareceu horas depois aos jornalistas estrangeiros, para "desmentir os rumores" e dar um passeio por áreas ainda controladas por forças leais ao regime.
"É preciso que a NATO continue em alerta para levar a sua missão até ao fim", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros francês.
Alain Juppé explicou que esse ponto foi abordado numa conferência telefónica, segunda-feira, entre responsáveis franceses, norte-americanos, britânicos, alemães, turcos e de vários países árabes.
Segundo o ministro francês, o Conselho Nacional de Transição (CNT), que representa os rebeldes, controla "a quase totalidade do país e uma grande parte" de Tripoli, onde "não há um levantamento de multidões em apoio de Muammar Kadafi, ao contrário do que foi anunciado".
Alain Juppé indicou que a França propôs a transformação do grupo de contacto para a Líbia num "Grupo dos Amigos da Líbia" e reiterou a proposta francesa de uma reunião em Paris na próxima semana.