Os Estados Unidos condenaram veementemente o "abominável" ataque perpetrado contra uma mesquita sunita no Iraque, com Washington a instar todos os dirigentes iraquianos a unirem-se contra o extremismo islâmico.
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Membros de uma milícia xiita mataram, na sexta-feira, a tiro pelo menos 70 pessoas num ataque a uma mesquita a nordeste de Bagdade - numa aparente retaliação pela morte de milicianos xiitas na região -, o qual poderá comprometer os esforços do governo iraquiano para mobilizar a comunidade sunita para a sua luta contra os 'jihadistas' do Estado Islâmico (EI).
Em comunicado, o Departamento de Estado norte-americano condena o "brutal" atentado e sublinha a "necessidade urgente de os dirigentes iraquianos de todo o espectro político adotarem medidas para ajudar a unificar o país contra todos os grupos extremistas violentos".
Ao final do dia, o departamento informou de uma conversa telefónica entre o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o seu homólogo iraquiano, Hoshyar Zebari, durante a qual concordaram que se deve avançar rapidamente na formação de um governo em Bagdade.
O ataque, na mesquita Musab bin Omair, na localidade de Bin Wais, na província de Diyala, ocorreu depois de milicianos xiitas terem sido mortos em combates na zona, segundo fontes militares e policiais citadas pela agência France Presse.
Segundo outras fontes, o atentado foi uma retaliação de um atentado à bomba contra uma patrulha xiita.
A província de Diyala é uma das abrangidas pela ofensiva lançada no Iraque a 9 de junho pelos 'jihadistas' do grupo sunita Estado Islâmico e, esta sexta-feira, forças curdas e federais lançaram uma operação para recuperar a zona de Jalawla, tomada pelos 'jihadistas' a 11 de agosto.
Mediante o avanço dos radicais, o exército iraquiano recorreu às milícias xiitas, que antes combateu, para apoiarem as forças federais.