Ao 103.º dia de guerra, os países ao redor da Sérvia decidiram fechar o seu espaço aéreo ao avião do ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, que ia visitar Belgrado. Uma atitude que o Kremlin já considerou "hostil". O chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, esteve no Donbass e destacou o orgulho sentido por todos aqueles que lá conheceu. Entretanto, as forças de Moscovo colocaram Mariupol em quarentena devido a casos de cólera. Os principais pontos-chave de mais um dia de conflito.
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- O Reino Unido vai disponibilizar à Ucrânia sistemas de lançamento de foguetes, com um alcance de 80 quilómetros, para responder à ofensiva militar russa. Estes sistemas, designados M270 MLRS, permitirão "aumentar significativamente as capacidades das forças ucranianas", sublinhou o Ministério da Defesa do Reino Unido.
- Volodymyr Zelensky visitou os militares ucranianos destacados na linha da frente da região leste do Donbass onde se concentra a ofensiva russa. O chefe de estado revelou ter estado nas cidades de Lysychansk e Soledar. "Estou orgulhoso de todas as pessoas que conheci, de todas as pessoas a quem apertei a mão", disse.
- As várias multinacionais que abandonam a Rússia devido à guerra com a Ucrânia estão num dilema, e qualquer que seja a sua decisão, ficam sempre a perder: ou vendem à pressa ou correm o risco de serem nacionalizadas e sair de Moscovo de mãos a abanar.
- Os países em redor da Sérvia fecharam o seu espaço aéreo ao avião do ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, que deveria voar esta segunda-feira para Belgrado, disse a sua porta-voz, Maria Zakharova. "O inconcebível aconteceu", reagiu Lavrov, citado pela AFP.
- A Rússia qualificou de "ato hostil" a decisão de três países europeus de fecharem o seu espaço aéreo ao avião do ministro dos Negócios Estrangeiros russo. "Tais atos hostis contra o nosso país são capazes de causar certos problemas (...), mas não podem impedir a nossa diplomacia de continuar o seu trabalho", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
- Os meios de comunicação estatais russos confirmaram a morte de um dos principais generais de Moscovo durante os fortes combates na região de Donbass. O major-general Roman Kutuzov foi morto ao liderar um ataque a um povoado ucraniano na região, disse um repórter da Rossiya 1.
- Nas redes sociais, o futebolista ucraniano Ruslan Malinovskyi partilhou uma imagem que mostra o centro de treinos do Metalist destruído pelos bombardeamentos. "O centro de treinos do FC Metalist, em Kharkiv, foi bombardeado pelos russos", escreveu o jogador da Atalanta, numa publicação acompanhada por imagens que ilustram o estado em que ficou a infraestrutura.
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- O ministro da Cultura ucraniano, Oleksandr Tkachenko, disse que desde o início da invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro, já morreram 32 jornalistas no conflito. "Este ano, o Dia do Jornalista tem um sabor amargo", escreveu Tkachenko no Telegram, para celebrar o dia que a Ucrânia dedica desde 1994 ao trabalho dos profissionais da comunicação social.
- O presidente russo declarou que os erros cometidos pelos países ocidentais durante muitos anos e as sanções ilegítimas levaram à "inflação global" e à "destruição das cadeias logísticas e produtivas".
- A agência para o nuclear da ONU anunciou esta segunda-feira que está a preparar o envio de uma missão internacional à central nuclear ucraniana de Zaporíjia, para garantir a segurança daquela estrutura no âmbito da guerra em curso na Ucrânia.
- As tropas russas estão a colocar a cidade portuária de Mariupol em quarentena por terem sido registados casos de cólera, avançou o autarca local, Petro Andryushchenko.
- Zelensky disse hoje que as forças ucranianas que defendem a cidade de Severodonetsk estão a "manter a posição" apesar dos ataques de tropas de Moscovo, mas os russos são "mais numerosos e mais poderosos".