Um caça da Marinha Real britânica caiu logo após a descolagem, na última semana, alegadamente devido a uma capa de plástico contra a chuva que não foi retirada antes do voo.
O incidente aconteceu na quarta-feira passada, quando o piloto de um jato britânico F-35 foi forçado a ejetar-se durante operações de rotina no Mar Mediterrâneo. O homem, que faz parte da tripulação do porta-aviões HMS Queen Elizabeth, foi encontrado em segurança e, desde então, regressou ao navio, segundo um comunicado do Ministério da Defesa britânico.
A queda, que não envolveu nenhuma outra aeronave ou navio de guerra de qualquer outro país, levou à abertura de uma "investigação urgente" focada num potencial erro técnico ou humano, de acordo com o jornal britânico "The Independent".
Esta semana, o britânico "The Sun" avançou que a queda deu-se devido ao facto de, antes da descolagem, não se ter retirado uma capa de plástico contra a chuva. A cobertura terá sido sugada para o motor do F-35 e o piloto, que "soube quase imediatamente" do problema, tentou abortar a descolagem. Sem sucesso, foi forçado a ejetar-se, disse uma fonte ao mesmo jornal.
Estas informações não foram confirmadas pelas autoridades britânicas.
Longa lista de problemas
Com um valor de mais de 100 milhões de libras (equivalente a 119 milhões de euros), o F-35 é a primeira aeronave britânica a usar "tecnologia furtiva" altamente avançada e sensível. O F-35 de "quinta geração" é uma das plataformas de armas aéreas mais caras do mundo. O Reino Unido assinou um acordo no valor de nove mil milhões de libras (10,7 mil milhões de euros) para comprar 28 aeronaves até 2025.
Com planos de adquirir 138 F-35, o Reino Unido seria o terceiro maior operador dos jatos produzidos pela Lockheed Martin, atrás dos EUA e do Japão. Ambos perderam aeronaves em acidentes, segundo a "CNN".
Em setembro de 2018, um F-35B da Marinha norte-americana caiu na Carolina do Sul, a primeira queda de um F-35. Já em abril do ano seguinte, um F-35A japonês caiu no Oceano Pacífico, matando o piloto. Mais tarde, o Ministério da Defesa japonês atribuiu o acidente à "desorientação espacial". Em maio de 2020, um F-35A da Força Aérea dos EUA caiu na Flórida durante o treino de rotina.
Além disso, o Pentágono reconheceu 275 falhas diferentes no sistema e o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA suspendeu as operações da sua versão da aeronave, que é a mesma usada pelo Reino Unido, após um mau funcionamento do sistema.