A Polícia Judiciária de São Tomé e Príncipe deteve, esta quinta-feira, o suspeito do homicídio de uma portuguesa, na passada segunda-feira. Trata-se de um funcionário do hotel que a vítima geria.
Corpo do artigo
O homem, que se encontrava "em parte incerta" desde o crime, foi detido hoje e será submetido a interrogatório judicial na sexta-feira, adiantou fonte policial à agência Lusa.
11879744
Catarina Barros de Sousa, 51 anos, foi encontrada morta com indícios de ter sido assassinada de forma violenta, no hotel que administrava, no norte da ilha, a cerca de 50 quilómetros da capital, São Tomé. A portuguesa, também com nacionalidade são-tomense, chegou ao país há 12 anos para fazer voluntariado junto das crianças de rua. Mais tarde, trabalhou na empresa de aviação Africa's Connection e também na fábrica de chocolate Cláudio Corallo.
O executivo são-tomense, liderado por Jorge Bom Jesus, repudiou o crime, "considerado macabro e totalmente condenável pelo presente Governo, e por toda a comunidade são-tomense" e transmitiu "os mais sinceros sentimentos de pesar" pela morte da cidadã.
"O Ministério do Turismo, Cultura, Comércio e Indústria, juntamente com a Direção-Geral de Turismo e Hotelaria (...) reafirma o compromisso de preservar a segurança e a calma que nos tem caracterizado enquanto destino turístico e enquanto país e recusa conviver com qualquer ação que tente alterar o nosso modo de viver e a nossa forma calorosa de receber a todos os que nos visitam ou escolhem viver e trabalhar entre nós", lê-se numa nota do Governo, citada pela imprensa local.
Esta quinta-feira de manhã, realizou-se uma missa na capital do país, antes de o caixão ser levado para o aeroporto, com vista a embarcar num avião com destino a Lisboa. O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, disse que o Governo estava a acompanhar a trasladação do corpo da cidadã, processo que fica concluído na sexta-feira.