Uma das 276 estudantes raptadas há dois anos pelo grupo terrorista Boko Haram, em Chibok, na Nigéria, foi encontrada perto da fronteira com os Camarões.
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Amina Ali é o nome de uma das jovens raptadas de uma escola secundária em Chibok pelos extremistas islâmicos, na noite de 14 de abril de 2014. Das 276 estudantes, 57 conseguiram escapar pouco tempo depois, sendo que nada se sabia das restantes. Até agora.
Amina foi encontrada na terça-feira por milícias na floresta de Sambisa, no estado de Borno, nordeste da Nigéria, informou no Twitter um dos responsáveis pelo movimento "BringBackOurGirls" ("Tragam as nossas meninas de volta"), criado na altura do sequestro.
De acordo com declarações do Grupo de Pais das Raparigas Raptadas em Chibok à agência France Presse, a jovem tinha 17 anos quando foi raptada. Ayuba Alamson, líder comunitário da cidade, acrescentou que Amina se encontrou com os pais antes de ser levada para a base militar em Damboa.
A BBC avança que a jovem vivia em Mbalala, a sul de Chibok, e que terá sido encontrada na companhia de um bebé. Os três homens que encontraram a adolescente disseram acreditar que esta possa ter tido um filho em cativeiro, e indicaram que outras das sequestradas se encontram também na floresta de Sambisa, próxima dos Camarões, alvo dos militares há várias semanas.
Segundo a televisão pública britânica, a jovem revelou que, pelo menos, seis raparigas foram mortas pelo grupo desde 2014.
O rapto maciço trouxe atenção mundial para os rebeldes do Boko Haram e para a sua pretensão de construir um "califado" no nordeste da Nigéria. Os radicais já sequestraram centenas de homens, mulheres e crianças, e provocaram pelo menos 15 mil mortos e mais de 2,6 milhões de deslocados desde 2009.