A juíza Carmen Lamela emitiu, esta sexta-feira, uma ordem de detenção nacional e internacional contra o presidente do governo catalão destituído, Carles Puigdemont.
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A ordem, avançada cerca das 19 horas pelo jornal catalão "La Vanguardia", aplica-se ainda aos quatro ex-ministros que acompanham Puigdemont em Bruxelas e que não se apresentaram na Audiência Nacional, em Madrid, esta quinta-feira.
Os restantes nove membros do governo autonómico da Catalunha foram detidos ao final do dia de ontem. Oito deles, incluindo o ex-vice-presidente Oriol Junqueras, estão, por ordem da juíza Carmen Lamela, em prisão sem fiança. O ex-ministro Santi Vila (Empresas) saiu em liberdade depois de, já esta sexta-feira, ter efetuado uma transferência no valor de 50 mil euros.
O Ministério Público acusa os 14 antigos membros do executivo catalão de delitos de rebelião, sedição e desvio de fundos, arriscando-se a penas que vão até 30 anos de prisão.
Esta tarde, Puigdemont afirmou, em entrevista à estação de televisão pública belga RTBF, estar "disposto a ser candidato" a presidente da Catalunha, nas eleições marcadas para 21 de dezembro, acrescentando que pretende colaborar com a "verdadeira justiça" - a "belga" - e não com a "justiça espanhola", que considera "politizada".