O número de cidadãos estrangeiros com título de residência válidos voltou a ser o mais elevado de sempre em 2019. De acordo com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, no ano passado estavam registadas mais 110.048 autorizações elevando o número para 590.348.
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Os dados fazem parte do Relatório de Imigração Fronteiras e Asilo (RIFA), divulgados esta terça-feira pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Este foi um ano em que se bateu o recorde, tal como aconteceu em 2028, quando se contabilizaram 440.300 estrangeiros a viver em Portugal.
Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, sublinhou que desde 2015 o país recebeu mais 200 mil cidadãos, e que 2019 foi o terceiro ano consecutivo em que o país registou um saldo migratório positivo. Por ser "um país atrativo" para cidadãos de "todo o mundo" pela segurança e economia.
A comunidade brasileira continua a ser a mais representativa. Cresceu 45,5% para 151.304 cidadãos. A segunda nacionalidade com maior crescimento foi a britânica, que subiu 11,2% para 32.358. Fixando-se no terceiro lugar. Os cidadãos de Cabo Verde continuam a ser o segundo grupo mais representado (37.436).
No que diz respeito à distribuição geográfica dos residentes a grande maioria concentra-se no litoral. Cerca de 70% está registada nos distritos de Lisboa, Faro e Setúbal. Sete dos dez concelhos com mais população pertencem à Área Metropolitana de Lisboa. No concelho do Porto estão a viver 14.558 pessoas.
O SEF adianta ainda que recebeu mais de 74 mil pedidos de parecer para aquisição de nacionalidade portuguesa (mais 79,4%). Destes 68.116 receberam parecer positivo. As nacionalidades com maior representatividade são o Brasil (22.928) e Israel (18.433).
Sobre os pedidos de autorização de residência para investimento, o SEF emitiu 1245 decisões favoráveis. A China (394) e o Brasil (201) lideraram no número de decisões.
Esta entidade realizou 5036 inspeções no âmbito da prevenção e combate à utilização de mão-de-obra ilegal e tráfico de seres humanos. Foram identificados 52.776 cidadãos.
E emitiu 4834 (mais 33,9%) notificações para abandono voluntário do país, tendo executado 286 (menos 9,5%) afastamentos coercivos.