A diplomata e ex-eurodeputada Ana Gomes anunciou oficialmente a candidatura à presidência da República, esta quinta-feira, prometendo a defesa "da igualdade e da democracia". "Não me candidato contra ninguém, candidato-me pelos portugueses", garantiu.
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A candidatura de Ana Gomes, anunciada na terça-feira mas só oficializada hoje, na Casa da Imprensa, em Lisboa, serve a "liberdade" e a "democracia" e apresenta-se "contra as desigualdades, contra a lentidão na justiça, a corrupção e a frouxidão no combate ao crime económico e financeiro". Por uma presidência "diferente" e "livre", mais "independente", "que sirva o interesse nacional e não tenha medo de ir contra poderes instalados", que "escrutine" e "colabore" com os Governos, que não seja "refém de qualquer estratégia partidária", tanto de quem está no poder, como de quem está na oposição.
Não devo nem posso desertar deste combate pela democracia
"Não me candidato contra ninguém, candidato-me pelos portugueses", assegurou a ex-eurodeputada socialista, afastando eventuais quezílias pessoais com outros candidatos. Ana Gomes considerou "inaceitável" a "desvalorização" das Presidenciais que acusa o seu partido de ter demonstrado ao não apresentar um candidato "saído das suas fileiras". "Como pode o socialismo democrático não participar nesta eleição? Como pode dispensar-se de estar genuinamente representado numa competição democrática para o mais alto cargo do país? Ainda para mais quando vivemos tempos estranhos (...) que anunciam desemprego, tensões sociais e políticas, desigualdades e insegurança...", questionou Ana Gomes, assumindo-se representante do "socialismo democrático e progressista". "Não quero dividir o PS nem o país".
"Não devo nem posso desertar deste combate pela democracia", insistiu, acrescentando que só esta trará "esperança e progresso" aos "milhares de portugueses desiludidos e deixados para trás pela crise, pelo desemprego e pela exclusão".