O primeiro-ministro, António Costa, anunciou, esta terça-feira, um dia de luto pela morte de Eduardo Lourenço.
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"É um momento de grande tristeza", disse o primeiro-ministro António Costa, lamentando a morte de Eduardo Lourenço. "Um amigo, um camarada, alguém com quem tive oportunidade de privar", acrescentou.
"Amanhã será dia de luto nacional, um dia em que nos despediremos do professor Eduardo Lourenço, que nos deixa grande saudade", anunciou António Costa.
O primeiro-ministro realçou que este momento é também "um convite a conhecer a obra" de Eduardo Lourenço e de prosseguir a reflexão que o ensaísta deixa. "Seguramente seria a sua vontade", acrescentou.
O ensaísta Eduardo Lourenço, Prémio Camões e Prémio Pessoa, morreu esta terça-feira, aos 97 anos, deixando uma vasta obra. Professor, filósofo, escritor, crítico literário, ensaísta, interventor cívico, várias vezes galardoado e distinguido, Eduardo Lourenço foi um dos pensadores mais proeminentes da cultura portuguesa, sempre solicitado, mas que considerava não justificado o interesse das pessoas por ele: "Porque estou saindo. Eu nunca ocupei palco", explicou, numa entrevista ao jornal Público, em 2017.
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, salientou "a coincidência simbólica de o maior pensador de Portugal ter morrido no dia da Restauração da Independência".
Marcelo disse, ainda, que "Portugal está muito, muito grato a Eduardo Lourenço por praticamente um século de serviço à pátria portuguesa" e salientou o percurso do poeta e ensaísta. "Dedicou toda a vida a pensar Portugal e morreu no dia da Restauração da Independência, ele que também escreveu muito sobre a independência" do país, acrescentou o presidente da República.
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