O BE lançou, esta sexta-feira, uma campanha de angariação de fundos para financiar todos os trabalhos da XIII Convenção Nacional do partido, que traçou como objetivo aumentar o autofinanciamento e reduzir a dependência em relação ao financiamento público.
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Em declarações à agência Lusa, o dirigente do partido Fabian Figueiredo adiantou que esta foi uma deliberação da Mesa Nacional do BE, considerando haver "todas as condições para atingir o objetivo que é fazer da XIII Convenção Nacional a primeira convenção apoiada por aderentes e simpatizantes do Bloco de Esquerda".
"Foi uma oportunidade que nós encontramos para, em diálogo com os aderentes, com os simpatizantes, apelar ao reforço da autonomia financeira do Bloco de Esquerda, um objetivo traçado pela Conferência Nacional do Bloco a seguir às legislativas, tanto de aumentar o autofinanciamento como a redução da dependência do Bloco em relação ao financiamento público", explicou.
Na sequência da derrota eleitoral nas legislativas antecipadas de 2022 - passou de 19 para cinco deputados - o BE sofreu uma redução do financiamento público, tendo que adaptar a estrutura partidária.
Temos bem noção do momento em que estamos, lutamos com todas as nossas forças para inverter o ciclo de empobrecimento em que o país infelizmente voltou a entrar
Rumo à maior autonomia financeira do partido, segundo Fabian Figueiredo o partido está a recolher a partir de hoje, numa plataforma criada para esta angariação de fundos, "pequenos donativos" para realizar da XIII Convenção Nacional do BE.
"Temos bem noção do momento em que estamos, lutamos com todas as nossas forças para inverter o ciclo de empobrecimento em que o país infelizmente voltou a entrar. Isto é uma angariação de fundos de participação voluntária, quem puder participa, quem participar pode dar valores baixos", respondeu quando questionado sobre a situação atual em Portugal.
Segundo o bloquista, "cada um participará se quiser, no valor que entender, dentro do âmbito da lei".
A próxima Convenção Nacional do BE vai decorrer em 27 e 28 de maio, em Lisboa, uma reunião magna na qual vai ser decidido quem vai ocupar o lugar deixado por Catarina Martins, que não se vai recandidatar e vai deixar a liderança do partido.
Mariana Mortágua anunciou esta semana a sua candidatura a uma convenção à qual se apresenta a moção que encabeça e também uma outra moção que tem como um dos mandatários o histórico da UDP Mário Tomé e que foi apresentada pelo porta-voz Pedro Soares, antigo deputado.