Quando aos quatro meses Bernardo foi diagnosticado com CDG (défice congénito de glicosilação tipo II), uma doença metabólica rara, a vida dos pais Ana Oliveira e Fábio Silva, naturais de S. João da Madeira, deu uma cambalhota.
Corpo do artigo
Há menos de um mês, lançaram uma campanha de angariação de fundos no Facebook para "As Terapias do Benny". A página, que começou com a ideia de conseguir 600 euros, já ultrapassou os três mil. A campanha termina dia 31.
"Temos uma vida antes de o Bernardo nascer e outra depois. Inicialmente foi um processo muito difícil. O cenário era negro", conta a mãe de Benny. A doença provoca atrasos no desenvolvimento, episódios de hipoglicemia e dificuldades na alimentação. Por isso é que hoje, aos 17 meses, Benny é alimentado por sonda.
Desde que nasceu que faz fisioterapia no Hospital da Feira, uma vez que a doença afeta os músculos. Mas também precisa de terapia da fala (Método Padovan). "É fundamental para que o Bernardo coma pela boca de modo a reduzir o impacto das baixas de açúcar". Custa 600 euros por mês, valor difícil de suportar, principalmente porque Ana está de baixa de assistência ao filho.
Tem evoluído
A família começou por abrir a página "Os Docinhos do Benny", para vender chocolates. Em novembro surgiu a ideia da angariação de fundos. "Tínhamos poucas expectativas. Em menos de 24 horas duplicámos o valor". A ilustração do menino de cabelos loiros aos caracóis conquistou a solidariedade. Já ultrapassaram os três mil euros, verba que será sempre necessária. "O Bernardo vai precisar sempre de acompanhamento". Ao contrário do que se previa, Benny até já caminha e palra. "Tem evoluído. Baixar os braços nunca foi o meu lema. Levanto-me todos os dias a pensar nele".