O bispo português Carlos Azevedo é alvo de um processo disciplinar movido pelo Vaticano. Em Roma desde 2011, é, desde 2022, delegado do Comité Pontifício para as Ciências Históricas. A natureza do processo disciplinar não é conhecida.
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A notícia foi avançada pela RTP e confirmada pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) à estação pública.
"A CEP teve conhecimento da existência de um processo disciplinar relativo ao bispo em questão, cuja competência jurídica é exclusiva da Santa Sé, tendo em conta que o bispo em causa integra um organismo da Cúria Romana", citou a RTP.
O processo foi movido antes da Páscoa, o que o terá afastado das celebrações pascais no Porto, a diocese de origem.
Carlos Azevedo ocupou cargos de destaque na hierarquia da Igreja Católica, mas o seu nome esteve envolto em polémica em 2011 por alegadas suspeitas de abuso sexual a padres e seminaristas, o que sempre negou, alegando que se tratava de "sensacionalismo para destruir pessoas".
"O bispo português, historiador de formação e membro da Academia Portuguesa de História, nasceu em Milheirós de Poiares, Santa Maria da Feira", lê-se na nota biográfica publicada pela Agência Ecclesia aquando da sua nomeação, em 2022, como delegado do Comité Pontifício para as Ciências Históricas. Foi professor da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa (UCP) desde 1987 e vice-reitor da instituição entre 2000 e 2004.
Foi nomeado por João Paulo II como bispo auxiliar de Lisboa a 4 de fevereiro de 2005.