Um cordão humano foi, mais uma vez, o método escolhido para celebrar o Dia Mundial do Cancro pelo Núcleo Regional do Norte da Liga Portugesa Contra o Cancro. A iniciativa decorreu na Avenida dos Aliados, no Porto, que ficou pintada com as capas distribuídas pela associação.
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Em 2025, o mote da celebração, que completa 25 anos, é “Unidos Por Cada Um”, com o objetivo de reforçar a importância dos cuidados personalizados, ou seja, “tratando a pessoa, e não a doença”. Já o cordão humano serviu para unir a comunidade e enfatizar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. A organização relembrou ainda que o dia não é contra o cancro, mas sim do cancro, e que não se deve ter medo de falar sobre a doença.
A participação no evento, que contou com Vítor Veloso, presidente do Núcleo Regional do Norte da Liga Portugesa Contra o Cancro (LPCC-NRN), e Catarina Araújo, vereadora da Saúde da Câmara Municipal do Porto, fez-se por doentes, ex-doentes e familiares que destacaram este tipo de iniciativas: “Psicologicamente a doença afeta muito e sentindo apoio de outras pessoas faz-nos sentir melhor, saber que não estamos sozinhos”.
Foram ouvidos vários elogios à Liga, aos hospitais e às equipas médicas, com os participantes a concordarem que não há muito a melhorar nessa área, com a única sugestão ouvida pelo JN a ser “alargar ainda mais a capacidade de tratamento para toda a gente, para que todos tenham acesso, consultas mais rápidas, menos tempos de espera”. Uma familiar de um doente oncológico afirmou que o único passo que falta dar é a descoberta da cura.
A Profitecla, escola profissional do Porto, também ajudou a formar o cordão humano e uma professora da instituição, questionada pelo JN, referiu a importância dos jovens estarem conscientes da doença: “É muito importante que os nossos jovens estejam cientes do que é o cancro, do que passam as pessoas com cancro e do que podemos fazer para ajudar”.
A atividade teve ainda dois momentos lúdicos, com a Tuna Feminina de Economia do Porto e a UPFit, academia de fitness da Universidade do Porto. Ao JN, Sofia Martins, magistra da tuna, sublinhou que a função da tuna “às vezes é apenas alegrar as pessoas com a nossa música, mas isso para nós já significa muito, sentimos que fazemos a diferença na vida das pessoas” e por isso marcam sempre presença neste tipo de eventos.
Entre testemunhos, as mensagens de força, coragem e resiliência estiveram sempre presentes.