O primeiro-ministro pediu, esta quarta-feira, mais ambição aos empresários para que possam ser aproveitadas todas as verbas a fundo perdido do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). "Não é só produzir os sapatos. É também produzirmos as máquinas que fazem os sapatos", disse António Costa, ao anunciar dois programas, que podem chegar a um investimento de 2,3 mil milhões de euros.
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Para o primeiro-ministro, o programa, lançado esta quarta-feira, em Matosinhos, tem um grande desafio, uma vez que serve para "fazer aquilo que ainda não fazemos atualmente". O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, especificou, momentos antes: trata-se de criar novos produtos e serviços, diferenciados, com vista de se aumentar as exportações rumo à meta de 53% do Produto Interno Bruto.
"Não é só produzir sapatos. É também produzirmos as máquinas que fazem os sapatos. Isto é um desafio!", avisou o primeiro-ministro, ao apresentar os programas que se destinam a projetos empresariais com valor superior a 20 milhões de euros.
As "Agendas mobilizadoras para a inovação empresarial", abrangem áreas como a automação, a reconversão ambiental e a inovação tecnológica. Dispõem de um bolo de 930 milhões de euros. Mas "com um potencial aumento até aos 2,3 mil milhões de euros".
Conforme explicou o ministro da Economia, o programa será executado de forma faseada. Na próxima semana, será aberto concurso de ideias, que visa identificar os consórcios interessados. Depois de 30 de setembro, as pretensões dos consórcios serão avaliadas por um júri com personalidades internacionais. Siza Vieira tenciona avançar com as contratualizações no primeiro trimestre do próximo ano.
"Já temos intenções de investimentos muito significativos. Estamos disponíveis para reforçar a dotação orçamentais e lançar novos avisos no próximo ano", prometeu o ministro da Economia,
Perante isso, António Costa quer que os empresários sejam ambiciosos, para que se aproveitem todas as verbas disponíveis, a fundo perdido. "Não vamos fazer só dez projetos que são a nossa obrigação. Se conseguimos fazer dez, vamos lá fazer 15 e, com um bocadinho de esforço, vamos lá fazer 20", exortou o primeiro-ministro.
