Famílias e profissionais despertam para a parentalidade, uma prática que pretende ultrapassar os ensinamentos da educação tradicional.
Corpo do artigo
O "Jornal de Notícias" falou com Mikaela Ovén, mais conhecida por Mia, formadora e "coach" na Academia Parentalidade Consciente.
Que estratégias utiliza na formação sobre parentalidade positiva?
O que é que a pessoa quer com a sua parentalidade? O que é que ela procura atingir com as estratégias que vai ou está a utilizar? Se queremos que a criança seja empática, honesta, responsável e respeitadora, tenho de alinhar estratégias com isso. Se eu coloco o meu filho de castigo, sozinho no seu quarto, devo perguntar-me se essa estratégia desenvolve empatia. Não desenvolve. Vou acalmá-lo e vou estar com ele.
Quem procura a Mia?
Dou duas certificações na Academia da Parentalidade Consciente. Tenho mães e pais que querem aprender mais. Muitos pediatras, médicos de família, parteiras, terapeutas da fala, fisioterapeutas, osteopatas, professores, educadoras de infância e muitos psicólogos que se juntam nestas certificações. Querem aprender mais com a parentalidade consciente e integrá-la nas suas profissões.
Quais são os desafios?
A parentalidade consciente é mais sobre desaprender do que sobre aprender. De saber questionar: será que tem mesmo de tomar banho todos os dias ou basta dia sim, dia não? Será que tem mesmo de comer sopa ou posso dar uma cenoura na mão? Ao fim e ao cabo, desaprender com as gerações passadas e alinhar com a minha intenção e com as necessidades do meu filho.