Doenças de verão fazem aumentar idas às Urgências mas casos são menos graves
Em pleno verão, período de férias por excelência, os hospitais e os centros de saúde não desaceleram e assistem ao regresso das doenças típicas da época. Os convívios familiares e sociais, as atividades ao ar livre e os excessos associados a festas - e claro, o calor - levam a um aumento das idas às urgências, ainda que com casos de menor gravidade.
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No Hospital de São João, no Porto, a elevada afluência nos meses mais quentes "tem sido o padrão nos últimos anos", com mais admissões ligadas à exposição solar e aos exageros cometidos em festivais e noutros eventos de lazer. "Aparecem mais indisposições por passar muito tempo ao sol, em que as pessoas ficam com aquela sensação de tontura, que são claramente da época. Há um incremento de situações ligadas ao consumo de álcool e de substâncias ilícitas, algo que vai acontecendo ao longo do ano, mas que nesta altura sobe um bocadinho mais porque as pessoas também estão mais libertas e acabam por cair nesses excessos", aponta Cristina Marujo, diretora da Urgência.
Apesar de a região não ser a mais fustigada pelos incêndios, quando há fogos próximos, também há mais queixas respiratórias e, nos últimos anos, a prevalência de infeções por covid-19 também cresceu. "As pessoas estão mais juntas e circulam mais nas férias, o que faz com que haja algum aumento. Volta a aparecer mais nesta altura", constata a profissional de saúde. Na USF D. João V, em Mafra, os casos também subiram. "Este ano, notámos um aumento de infeções respiratórias, o que não é típico nesta altura. Não fizemos testes, mas associamos que sejam covid porque nalguns casos testámos e estavam positivos", confirma Rute Afonso.