Autarquias com dificuldades para contratar 13.500 técnicos de informática. Queixas multiplicam-se e ainda não há “plano B”. Eleições vão custar quase 30 milhões só na logística.
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As câmaras municipais estão a ser obrigadas a contratar um técnico informático por mesa de voto para dar apoio às eleições europeias. Em todo o país serão 13.500. A culpa é da desmaterialização dos cadernos eleitorais. Os autarcas dizem que é “impossível”. O acesso à internet também preocupa, num país que, durante a pandemia com a escola online, provou ter ainda muitas debilidades na rede. E a preocupação é, a pouco mais de um mês das eleições, ainda não haver “plano B”. Vão a votos 10,8 milhões de portugueses.
As eleições europeias serão as primeiras com mobilidade total e desmaterialização dos cadernos eleitorais. Com os dados digitalizados e alojados na Rede Nacional de Segurança Interna, os eleitores passam a poder votar em qualquer mesa de voto, independentemente do concelho onde estejam recenseados. A ideia parecia virtuosa, mas a “batata quente” ficou nas mãos das autarquias.