A família do português desaparecido na Nigéria recebeu apoio psicológico pela primeira vez na quinta-feira, 11 dias após o rapto daquele engenheiro residente em Constance, Marco de Canaveses.
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José Machado, 51 anos, foi apanhado numa emboscada levada a cabo por um grupo armado de 15 pessoas, quando estava a inspecionar uma obra na cidade de Lokoja, a 23 de outubro.
A família, apurou o JN, continua sem informações objetivas sobre o paradeiro de José Machado. A conselho das autoridades, a família mantém-se em silêncio, não havendo, sequer, abertura para confirmar a existência de negociações com os raptores.
Até quinta-feira, a esposa de José Machado tinha recusado receber ajuda psicológica, mas acabou por ceder face à insistência da família e da empresa onde trabalha o marido.
"Os dias vão passando e a senhora, coitada, está sempre a pensar no pior que possa ter acontecido ao marido. Ela foi aguentando, mas os dias já são muitos sem que haja novidades e, então, hoje [quinta-feira], terá lá estado uma das equipas de psicólogos que esteve a apoiar as vítimas dos incêndios", confidenciou, ao JN, uma fonte próxima da família.
José Machado, casado, é pai de um filho de cerca de 20 anos e já trabalha há vários meses naquela zona da Nigéria ao serviço de empresa de construção A .G. Dangote Company.
O grupo raptor, ao que se sabe "praticante extremista do Islão", é responsável pela morte de dois agentes que faziam a segurança à obra e do sequestro de José Machado que levaram como escudo na fuga após o assalto.
José Machado trabalhava juntamente com outros cidadãos estrangeiros e nigerianos na reabilitação de uma estrada, quando o grupo terrorista atacou o local.