Luís, Laura, Tomás e Tiago têm a paixão comum pela programação e vão representar Portugal na 35.ª Olimpíada de Informática
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Vêm de quatro cidades diferentes, mas têm uma paixão comum: a programação. Luís, Laura, Tomás e Tiago levam Portugal à 35.ª Olimpíada Internacional de Informática, que começa amanhã e decorre até 4 de setembro em Szeged, na Hungria. Há dois estreantes e dois repetentes, embora a maior ambição de todos seja aprender mais.
Foi a primeira vez que Luís Barbosa, de 18 anos, participou na prova de seleção. O aluno do 12.º ano da Escola Secundária Júlio Dantas, em Lagos, explica que a prova “correu bastante bem” e que, apesar de não ter “grandes expectativas” para o seu desempenho na olimpíada, não está “preocupado”. “Quero representar bem o país, mas também quero aproveitar esta oportunidade para aprender, conhecer pessoas e divertir-me”.
Foi durante a pandemia que aprendeu a programar. Tirou cursos e adorou a “liberdade de poder fazer o que quiser apenas com um computador”. Hoje passa o tempo livre a programar e pretende estudar Engenharia Informática. “É uma área com muitas oportunidades de emprego e eu gosto do que faço. Há tanta coisa para descobrir, que não vale a pena escolher já”.
Exercícios com o pai
Para Tiago Sousa, de 18 anos e aluno de 12.º ano na Escola Secundária de São João do Estoril, é a segunda vez que participa na olimpíada. Aliás, foi durante as olimpíadas de matemática que conheceu jovens que participavam, também, na de informática e decidiu experimentar. Agora, parte para uma segunda viagem. “Vários países têm treinos mais intensivos. Por isso, vai ser complicado competir contra estas pessoas, que já vêm muito bem preparadas”.
Acredita que “o mais importante é conhecer novas pessoas e aproveitar a experiência para aprender”. No futuro, Tiago ambiciona “trabalhar em áreas multidisciplinares de investigação, que incluam ciência, matemática e informática”.
Laura Muliar também ruma à Hungria e é uma estreante, como Luís. A estudante de 11.º ano no Agrupamento de Escolas de Ponte de Lima dará o seu melhor, “usufruindo, ao máximo, das competências” que adquiriu durante a “preparação autónoma e guiada e organizada pelos ex-olímpicos portugueses e pelo professor Pedro Ribeiro”.
O interesse pela informática começou em casa, ao resolver exercícios de matemática “desde tenra infância” com o pai. “A informática está relacionada com a ciência dos números”, indica a jovem, fascinada pelas tecnologias. Aliás, o seu padrinho é engenheiro informático e “um grande exemplo” na família.
Programar é felicidade
Com 16 anos, Tomás Faria é o mais novo representante de Portugal, mas é o mais experiente. Começou a participar na olimpíada com 13 anos e esta será a terceira vez em que o aluno do 10.º ano do Colégio Moderno, em Lisboa, vai a jogo.
Já recebeu medalhas noutras olimpíadas e vai esforçar-se para conseguir mais uma distinção. Tomás confidencia que programar traz-lhe felicidade. Aprendeu a fazê-lo durante a pandemia, quando o tempo sobrava. Interessou-se e participou em cursos intensivos de programação fora da escola e espera seguir investigação em matemática, não desistindo de informática.
Os alunos serão acompanhados pelo líder de equipa, Pedro Ribeiro, e pelo vice-líder, Henrique Navas, ex-concorrente da olimpíada.