Fronteira de Vila Verde de Ficalho cortada por causa de protesto dos agricultores
A fronteira de Vila Verde de Ficalho, em Serpa, está totalmente bloqueada, num protesto dos agricultores que se estendeu ao IC, com uma marcha lenta que começou em Ourique e levou ao corte da via em Mimosa, no concelho de Santiago do Cacém (Setúbal).
Corpo do artigo
A fronteira, que permite a ligação a Sevilha e Huelva, por Rosal de la Frontera, está totalmente bloqueada pelos agricultores da região, que têm na via quase uma centena de máquinas agrícolas.
“A situação em Vila Verde de Ficalho é a que nos merece a maior atenção dado o corte total de acesso e saída por àquela fronteira. É aqui que concentramos o maior número de homens e meios. Só estão a passar viaturas de emergência”, afirmou Alferes Guerreiro, relações públicas do Comando Territorial de Beja da GNR.
Cerca do meio-dia, Rui Garrido, presidente da FAABA-Federação de Agricultores do Baixo Alentejo e da ACOS-Agricultores do Sul, juntou-se ao protesto, naquela que é a primeira presença de um dirigente de uma associação na iniciativa que nasceu do Movimento Civil Agricultores (MIA), independente de qualquer estrutura associativa dos agricultores.
Em declarações aos jornalistas, Rui Garrido justificou que “não podemos olhar para o lado e fingir que nada aconteceu e que não existe este protesto. Os problemas que estes homens sentem são os mesmos que nós sentimos”, acrescentando que “depois das deselegantes declarações da ministra, ainda faz mais sentido”, concluiu.
Muitas das empresas, em particular espanholas, cujas viaturas têm proveniência de Huelva e até mesmo de Sevilha, foram desviadas para a Ponte Internacional do Baixo Guadiana, em Pomarão, concelho de Mértola, fugindo ao bloqueio na fronteira de Vila Verde de Ficalho.