"Querido Portugal, peço desculpa". Assim começa a declaração de Paddy Cosgrave, fundador da Web Summit, na sequência do polémico jantar realizado no Panteão Nacional.
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O responsável explica que, sendo irlandês, culturalmente, tem uma abordagem em relação à morte muito diferente da portuguesa. "Eu amo este país como se fosse uma segunda casa e nunca teria a intenção de ofender os grandes heróis do passado de Portugal", escreveu no Twitter.
Paddy Cosgrave explica ainda que "foi um jantar organizado de acordo com as regras do Panteão Nacional e realizado com respeito". A ideia era "tentar honrar a história de Portugal", acrescenta.
Cosgrave conta que, na Irlanda, a morte é celebrada e que, no passado, "o jantar mais importante dos fundadores teve lugar na Catedral Christ Church, em Dublin.
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Em causa está a utilização do Panteão Nacional para um jantar exclusivo que assinalou o encerramento da Web Summit. A polémica surgiu após a divulgação da informação nas redes sociais acerca do evento em que participaram presidentes executivos, fundadores de empresas e startups, investidores de alto nível, entre outras personalidades.
Na sequência destas informações, o Governo português classificou a utilização do espaço do Panteão Nacional para a realização deste jantar exclusivo de convidados da Web Summit como "absolutamente indigna". Também disse que vai proceder à alteração da lei "para que situações semelhantes não voltem a repetir-se, violando a história, a memória coletiva e os símbolos nacionais".