O Governo estima que a economia portuguesa cresça acima de 2,1% no próximo ano, tendo por base o aumento da procura interna. A expetativa é que a economia se mantenha acima do crescimento da zona euro.
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A aceleração da procura interna, nomeadamente o investimento, o consumo privado e as exportações, vai impulsionar a economia portuguesa que deverá crescer 1,8%, este ano, e 2,1%, em 2025. As previsões estão plasmadas na proposta de Orçamento do Estado que foi entregue esta quinta-feira à Assembleia da República.
O consumo privado deverá crescer 2,0%, em 2025, e as exportações deverão crescer 3,5%. Ao mesmo tempo, o Governo estima a diminuição do consumo público para 1,2%. O peso com as importações deverá crescer 2,9% este ano e 3,5% para 2025.
De acordo com o documento, o cenário macroeconómico do Governo da AD aponta para uma desaceleração do crescimento do emprego para o próximo ano (0,7%). Ainda assim, a taxa de desemprego deverá cair 0,1% face a 2024. Já a produtividade do emprego deverá evoluir 0,7%, em 2024, e 1,4%, em 2025. E o peso das remunerações por trabalhador do Estado também deverá cair de 6%, em 2024, para 4,7%, em 2025.
Em paralelo, o ministério liderado por Joaquim Miranda Sarmento prevê também um saldo orçamental de 0,4% do PIB, em 2024, e 0,3%, em 2025, uma diminuição de 0,8% do excedente orçamental em relação a 2023. De acordo com o documento entregue pelo Executivo, estes números resultam "da introdução de medidas de políticas direcionadas para o aumento do rendimento disponível das famílias e das empresas e para o aumento da eficiência dos serviços públicos".
Já a inflação deve cair para os 2,6%, ainda este ano, e para os 2,3%, em 2025. Em 2023, a inflação foi de 5,3%.
A dívida pública portuguesa deverá descer para 95,9% do PIB, este ano, e 93,3%, em 2025. Recorde-se que, em 2023, a dívida pública representou 97,9% do PIB. A expectativa de Miranda Sarmento é que o país tem de continuar a fazer “um esforço” para que se aproxime dos 80% em 2028.