Portugal vai continuar a perder população, dos atuais 10,3 milhões, para os 7,5 milhões de pessoas em 2080. Esta é a principal conclusão das Projeções da População Residente lançadas pelo INE.
Corpo do artigo
Este nem sequer é o cenário mais negativo estudado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O organismo chama-lhe "cenário central" por ser o mediano, quanto à consideração dos parâmetros: evolução da fecundidade, mortalidade e migrações.
Partindo das projeções mais negativas, seremos quase reduzidos a metade (5,8 milhões de portugueses). Tendo em conta um enquadramento otimista, a população cairá para os 9,5 milhões.
Por regiões, a mais afetada, proporcionalmente, será o Alentejo, que passará de 724 mil pessoas (2015) para 493 mil, em 2080. Mas o Norte também surgirá devastado. Os 3,6 milhões de pessoas que o compõem darão origem a 2 milhões em 2080, segundo a projeção mediana.
A configuração da população também mudará radicalmente: os idosos vão dominar a paisagem com 2,8 milhões de pessoas (quando eram 2,1 milhões) enquanto os jovens minguam de 1,5 para 0,9 milhões, tendo em conta a mesma distância temporal.
O INE explica que os resultados não devem ser entendidos como previsões, mas lidos com caráter condicional, "se x então y", uma vez que são condicionados pelo volume e pela estrutura da população no momento da partida (2015) e pelos padrões de comportamento da fecundidade, mortalidade e migrações.