O deputado Hugo Soares foi eleito, esta terça-feira, líder parlamentar do PSD, função à qual concorria como candidato único. Num total de 77 votantes (faltou um), Soares recebeu 76 votos a favor, tendo-se registado um voto em branco. Prometeu dialogar com "humildade" com "todos".
Corpo do artigo
Hugo Soares disse assumir o cargo com "honra, orgulho e responsabilidade". Garantiu ter "muito presente" a "necessidade de diálogo" com "todas as forças partidárias com representação parlamentar".
"O PSD e a AD ganharam as eleições, têm a responsabilidade de governar. Mas o resultado disse, também, que temos de ter capacidade para dialogar com todas as forças políticas", repetiu o social-democrata, dizendo estar imbuído de um "espírito de humildade" para alcançar um diálogo "construtivo".
"Os portugueses não estão preocupados se os entendimentos são feitos com o Chega, o PS, o BE ou o PCP", justificou Hugo Soares, frisando que Montenegro "disse sempre" que não se coligava nem fazia "nenhum acordo de governação" com o partido de André Ventura. "Coisa diferente é a necessidade de diálogo com todas as forças políticas", repetiu, vincando que "é assim que será".
Evita falar de Passos e não leva "lições" sobre contas certas
Várias vezes questionado pelos jornalistas sobre as declarações de Pedro Passos Coelho, na véspera, Hugo Soares foi repetindo a ideia do diálogo com todas as forças políticas. Perante a insistência, procurou mostrar que não há dissonâncias entre PSD e Passos.
"O dr. Pedro Passos Coelho terá feito um apelo ao diálogo com todos os partidos. Eu creio que falei num português muito claro quando aqui me apresentei à vossa frente", respondeu, tentando demonstrar que ambos defendem uma política dialogante.
Sobre as recomendações do Conselho de Finanças Públicas relativamente à necessidade de manter as contas certas, Soares lembrou que o PSD nunca levou "lições de ninguém" sobre essa matéria. Disse, por isso, acreditar que o Governo trabalhará com um "grau de responsabilidade máximo" na hora de elaborar o seu programa.
Este será aprovado esta quarta-feira em Conselho de Ministros e debatido no Parlamento na quinta e na sexta-feira.