Foram administradas 4229 doses da Pfizer a jovens com idade entre os 16 e os 17 anos com determinadas doenças.
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A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) tem notificado, até ao momento, "apenas um caso de suspeita de reação adversa" em imunização de menores entre os 16 e 17 anos. Segundo explicam ao JN, está em causa "um quadro de febre e vómitos" e que "foi classificado como grave porque houve observação em Serviço de Urgência".
Explique-se que, no nosso país, a vacina da Pfizer está a ser administrada em jovens de 16 e 17 anos institucionalizados ou com determinadas patologias (trissomia 21, insuficiência cardíaca ou renal, fibrose quística, entre outras). Sendo que, até à passada terça-feira, foram administradas, neste grupo etário, 4429 doses de Comirnaty, 32% das quais referentes a segunda toma.
Questionado pelo JN, o Infarmed informou, ainda, "não ter qualquer registo de notificação do Portal RAM [notificação de reações adversas]" de infeção por SARS-CoV-2 após imunização em jovens de 16 e 17.
Conforme noticiado, a vacinação de maiores de 12 anos está a ser analisada pela Direção-Geral da Saúde e pelo Comité Técnico de Vacinação, tendo sido solicitados pareceres à comunidade pediátrica. A decisão final, segundo o coordenador daquela Comissão, deverá ser conhecida antes do início do próximo ano letivo, que arranca em meados de setembro.
Casos por amamentação
O relatório de monitorização da vacinação contra a covid do Infarmed dá ainda conta de três reações não graves na faixa dos 0 aos 9 anos. Questionado, o organismo explicou tratar-se de bebés (até dois anos) "que podem ter sido expostos à vacina pela mãe através da amamentação". Casos estes de exposição, sublinham, que "também são monitorizados pela farmacovigilância". Em causa, "episódios de febre, regurgitação ou irritabilidade".
Por último, o reporte ainda de sete reações graves e quatro não graves nos 18 e 19 anos. Não tendo sido possível apurar qual o número de doses de vacinas administradas. Nos casos graves, nenhum fatal, aquela autoridade esclarece terem sido reações "já descritas na informação das vacinas e que são na sua maioria reações de tipo alérgico". Motivando "observação e/ou tratamento clínico", com "evolução positiva e sem sequelas". Os casos não graves "referem-se ao padrão reatogénico normal: febre, dor no local de inoculação e mialgias".