Apoio chegou a 275 mil beneficiários. Subsídio por isolamento pago a 1,1 milhões de portugueses.
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No primeiro semestre deste ano já foram processadas mais baixas por doença covid do que em todo o ano de 2021. No total, o subsídio da Segurança Social foi pago a 275 mil beneficiários, no valor de 64,5 milhões de euros. Sendo que nestes primeiros seis meses, Portugal contabilizou 3,769 milhões de novos casos de infeção por SARS-CoV-2, o que corresponde a 72% do total desde que a pandemia nos entrou portas dentro, em março de 2020.
Analisando os dados relativos aos apoios excecionais para responder à pandemia no site da Segurança Social, verifica-se que, nestes mais de dois anos de crise sanitária, as baixas por covid custaram 201 milhões de euros, tendo chegado a 655 mil pessoas. Das quais 42% já no primeiro semestre deste ano, na sequência de explosão de casos no início de 2022 potenciada pela variante ómicron.
Na verdade, só em janeiro deste ano foram processados 187 mil subsídios, no valor de 44,3 milhões. Isto é, mais de dois terços do total do semestre.
Em termos de montante, apesar de terem sido processados mais subsídios entre janeiro e junho deste ano, o valor é inferior ao total apurado para 2021 (88,8 milhões). O que se explica pelas alterações que as regras de isolamento foram sofrendo ao longo da pandemia. Se, no ano passado, o período de baixa para assintomáticos e doença ligeira era de dez dias - em 2020 era de 14 -, nestes seis meses era de sete dias. Sendo que, atualmente, está nos cinco dias.
1,1 milhões em isolamento
Já as baixas por isolamento profilático chegaram, no primeiro semestre deste ano, a mais de 1,1 milhões de beneficiários. Respondendo fevereiro por 39% daquele total, de acordo com os dados mensais facultados ao JN pelo Ministério da Segurança Social. Com uma despesa total de 243 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano. Recorde-se que, a 23 de fevereiro, a Direção-Geral da Saúde alterou as regras para os contactos de alto risco de casos confirmados de covid, desobrigando-os de qualquer isolamento.
4,7 mil milhões em apoios
Tudo somado, desde 2020 até junho passado, as várias medidas excecionais e temporárias lançadas para mitigar os impactos da pandemia ultrapassam já os 4,7 mil milhões de euros. Apoios pagos pela Segurança Social e que chegaram a 3,7 milhões de pessoas singulares e 180 mil entidades empregadoras. Daquele volume financeiro, um quarto foi canalizado para o lay-off simplificado, que chegou a 946 mil beneficiários.
Em apoios à retoma progressiva da atividade económica, foram pagos 712 milhões de euros, beneficiando cerca de 44 mil empresas e 352 mil trabalhadores. Já as medidas postas no terreno no âmbito de proteção aos desempregados corresponderam a uma despesa acumulada, naquele período, de 404 milhões de euros, num total de 313 mil pessoas singulares.