O plano de mobilidade da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) prevê um reforço de 354 mil lugares nos transportes entre os dias 1 e 4 de agosto e de 780 mil nos dias 5 e 6. A organização prevê que circulem até quatro mil autocarros e garante que há estacionamento para todos eles.
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Em concreto, a oferta de transporte rodoviário vai ter um reforço de 110 mil lugares entre os dias 1 e 4 de agosto e de 429 mil lugares nos dias 5 e 6. No metro e metro de superfície, nos dias 1 a 4 esses números serão de 143 mil lugares a mais do que o normal, ao passo que, nos dias 5 e 6, haverá mais 154 mil do que é habitual.
Já os comboios conhecerão um acréscimo de 90 mil assentos nos primeiros quatro dias e de 170 mil nos últimos dois. Por último, o transporte marítimo será reforçado em 2 mil lugares (dias 1 e 4) e 27 mil lugares (dias 5 e 6).
A organização irá disponibilizar um "passe do peregrino", de modo a inventivar o uso do transporte público. Este será comparticipado a 40% pelo Governo.
Eixos rodoviários: modelo semelhante aos jogos de futebol
Nos dias 1, 3 e 4, as estações de metro da Avenida, Marquês de Pombal, Parque e Restauradores estarão encerradas. Nos dias 5 e 6, irão fechar as estações de comboio de Moscavide, Sacavém, Bobadela e Santa Iria.
Também a Carris será reformulada durante a JMJ, prevendo-se a supressão ou alteração de percurso de 12 carreiras: 1704, 1716, 1723, 1724, 1725, 1726, 1728, 1729, 1730, 1733, 3709 e 3715. Entre 1 e 6 de agosto, o terminal do Marquês de Pombal da Carris Metropolitana será relocalizado.
Isabel Pimenta, da VGM - empresa que organizou o plano de mobilidade -, disse esperar que a quantidade de peregrinos "vá aumentando" ao longo da semana. No dia 1 esperam-se 300 mil pessoas, com esse número a subir para 750 mil nos dias 3 e 4. Nos dias 5 e 6 de agosto, a expectativa é de que estejam presentes até um milhão de peregrinos.
Isabel Pimenta não explicitou que vias rodoviárias serão cortadas ao trânsito. José Sá Fernandes explicou que o modelo será procurar fazer coincidir os automóveis e os peregrinos em grande parte das vias, dando o exemplo as operações montadas para controlar os fluxos de gente gerados à saída de um jogo de futebol.
Paulo Vizeu Pinheiro, secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, esclareceu que, para já, não está previsto o encerramento total de "nenhum dos grandes eixos viários de acesso". O responsável frisou que "a necessidade de segurança irá ditar" se será necessário dar esse passo em algum caso.