O diretor-geral da Saúde, Francisco George, disse, esta quinta-feira de manhã, que a bactéria da legionela encontrada no hospital da Régua não constitui perigo para utentes ou para os habitantes da cidade.
Corpo do artigo
"Não há perigo nenhum", disse Francisco George, enaltecendo "o exemplo de boas práticas" dado ao encerrar o hospital e a transferir os doentes.
"Ao ser detetada a bactéria, em exames de rotina, foi eliminado o risco", fechando o hospital e determinando a transferência dos doentes para outras unidades. "Risco identificado; risco eliminado", resumiu Francisco George, em declarações à Antena 1, esta quinta-feira de manhã.
No total, segundo Francisco George, são 12 os doentes que vão ser transferidos. Os funcionários vão prestar serviço noutras unidades hospitalares do norte. Ninguém ficou doente, esclareceu.
Francisco George esclareceu que a doença da legionela tem uma forma de contágio "algo bizarra", uma vez que a bactéria só causa infeção em caso de inalação de água, podendo esta ser bebida sem qualquer risco.
O presidente da Câmara da Régua disse, quarta-feira à noite, ter sido informado de um surto de legionela no hospital daquela cidade, que motivaria o fecho do hospital.
O autarca salientou que a comunicação sobre a "presença de legionela" no hospital de Peso da Régua foi feita à câmara municipal na quarta-feira pelo Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), onde a unidade de saúde está inserida.
Os doentes serão transferidos para outro hospital do CHTMAD, que agrega ainda as unidades de Vila Real, Lamego e Chaves.
Os técnicos vão proceder entretanto à eliminação da legionela, detetada na "estrutura predial" do hospital da Régua. "Só tendo a certeza que a bactéria foi totalmente eliminada é que será retomada a atividade normal naquele hospital", disse Francisco George.
Em novembro de 2014, um surto de legionela registado a partir de 7 de novembro no concelho de Vila Franca de Xira causou 12 mortos e 375 doentes, segundo o relatório final.