O padre Lino Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), defendeu, esta quinta-feira, a criação de um provedor do utente nos lares de idosos, que acompanhe os cuidados prestados às pessoas, durante a sua participação no Fórum da TSF.
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A propósito do caso dos maus-tratos no lar Delicado Raminho, na Lourinhã, Lino Maia afirmou que "qualquer denúncia deve ser escalpelizada" e assumiu que existem "bastantes problemas", que atentam contra a dignidade das pessoas. "Os idosos têm de ser respeitados."
O presidente da CNIS alertou ainda para o facto de o Estado comparticipar as mensalidades dos lares em apenas 493 euros, quando os valores médios cobrados são de 1250 euros. "As pessoas não têm pensões que suportem esses 750 euros. E isso pode levar a uma redução da qualidade e laxismo da parte do Estado."
"É importante que isto não seja o normal. A proteção social dos mais idosos tem de ser assumida como uma obrigação do Estado, e não pensar que aquilo que se faz é por caridade", salientou Lino Maia. "O deficiente financiamento das instituições pode levá-las a desviar-se da sua missão", avisou.