Todos os serviços de telessaúde realizados através do SNS24 vão ficar sob a alçada de uma nova unidade que vai também assegurar teleconsultas médicas aos idosos que estão nos lares, cuidados continuados e paliativos.
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A Unidade Central de Prestação de Cuidados de TeleSaúde (UCeT) do Serviço Nacional de Saúde é criada por despacho publicado esta sexta-feira em Diário da República.
Esta unidade fica integrada no Centro Nacional de TeleSaúde (CNTS), sob a gestão da SPMS - Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, que já oferece serviços numa lógica multicanal, através da linha SNS 24, do portal SNS 24, da aplicação móvel SNS 24 e dos balcões SNS 24.
Com esta nova unidade central, o Ministério da Saúde pretende assegurar e expandir os serviços de telessaúde que já são prestados através daqueles canais, como os telerrastreios, o telediagnóstico, a teleconsulta em tempo real e em tempo diferido, a telemonitorização, a telerreabilitação e outros serviços de telessaúde.
E introduz uma novidade. De acordo com o despacho, assinado pelo secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, a UCeT vai assegurar também "um novo serviço de teleconsultas médicas dedicado às pessoas mais idosas e/ ou mais vulneráveis, nomeadamente aos beneficiários das respostas da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, da Rede Nacional de Cuidados Paliativos e da Rede de Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas e de Lares Residenciais".
Este novo serviço foi anunciado pelo Ministério da Saúde em novembro do ano passado, na apresentação do plano estratégico traçado para este inverno. Foi então referido que o objetivo era apoiar os profissionais que estão nestas unidades a cuidar das pessoas idosas e vulneráveis para evitar deslocações desnecessárias às urgências dos hospitais.
Tutela vai abrir concurso para SNS24
A UCeT, refere o despacho, será financiada pelo contrato que suporta a operação SNS24.
Como o JN noticiou esta semana, o Ministério da Saúde vai abrir um novo concurso público para a exploração do Centro de Contacto do SNS24 porque, nos anos da pandemia, a utilização da linha SNS24 ultrapassou em muito as expectativas e a verba esgotou-se.
Só em 2022 foram gastos 60% do valor total do contrato (36,7 milhões de euros) celebrado com o operador Altice até 2024.
Em resposta ao JN, a tutela adiantou que o concurso público que vai abrir incluirá novos serviços.