O porta-voz do partido Livre, Rui Tavares, entende que não há razões para se realizar um novo referendo sobre o aborto em Portugal e acusa a Direita de querer reabrir debates do passado.
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Ao fim da manhã desta quarta-feira, em Vila Real, Rui Tavares, reagiu às declarações do vice-presidente do CDS, Paulo Núncio, que, num debate organizado pela "Rádio Renascença", admitiu um novo referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez, e sublinhou que há outros assuntos que merecem referendo, como a regionalização.
“A direita atira-nos para o passado e quer reabrir debates que já foram encerrados. Eu acharia bastante interessante ouvir falar de fazer um referendo sobre a regionalização”, criticou. Sublinhou que o que as pessoas pedem “todos os dias” é “como é que há estratégias para transportes, como é que se pode apoiar a economia local, e isso não se faz no Terreiro do Paço, faz-se no território”.
Ora, “o referendo sobre a regionalização dá um debate”, porque, segundo Rui Tavares, “os autarcas, inclusivamente muitos da AD, pedem-no, mas a Direita não gosta de falar sobre o futuro, gosta de falar do passado”.
O porta-voz do Livre realçou que “não há na sociedade portuguesa, que se veja, nenhum pedido para reabrir esse debate [o do aborto]”. Disse que “as pessoas encontraram um ponto de equilíbrio” e que o “apelo social” que se ouve é o de que “a lei valha da mesma maneira para toda a gente”.
Declarações do porta-voz do Livre, esta manhã, na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Vila Real.