O co-fundador e antigo líder do BE, Francisco Louçã, perguntou aos que, há um ano", "festejaram" a maioria absoluta do PS, "onde está a estabilidade" que o Governo prometeu para Portugal. Louçã referiu-se ao resultado das eleições legislativas de 2022 como um "fantasma" que é necessário "espantar".
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"O desastre da maioria absoluta está a corroer confiança democrática e o perigo não vem de fora, vem de dentro", afirmou o antigo coordenador do BE na XIII do partido, em Lisboa.
"Quem votou no PS sabe do desastre social e da sua desilusão. Palavra dada não foi palavra cumprida", prosseguiu Louçã. No entender do antigo dirigente bloquista, "o que magoa nem são os casos" em que o Executivo se vê envolvido, mas sim "o vírus do descaso" e o "deixar andar". "Isso apodrece a República", frisou.
Apesar de não centrar o seu discurso nos casos em torno do Executivo, Louçã não os esqueceu. E questionou: "Alguém se lembra de tanta encrenca como a destes meses, salvo, talvez, com Durão Barroso e Santana Lopes?".
Recorrendo a palavras do cantautor brasileiro Chico Buarque, Louçã fez ainda um apelo às "vítimas da maioria absoluta": "É preciso espantar este tempo feio. Assim se fará forte a Esquerda", concluiu.