Na hora de brincar existem mais crianças a optar por videojogos. No entanto, desde 2018 houve um aumento no contacto com os jogos tradicionais, segundo o novo estudo realizado pela Escola Superior de Educação de Coimbra, em parceria com o Instituto de Apoio à Criança e a Estrelas & Ouriços. O tema estará em debate quinta-feira numa conferência sobre brincar.
Corpo do artigo
O estudo "Portugal a Brincar II - 2022", que foi realizado através de inquérito a 1600 famílias com crianças até aos dez anos, revela dados diferentes da análise feita antes da pandemia, em 2018. Concluiu que, desde então, há mais crianças a escolher os videojogos na hora de brincar, subindo de 24,8% para 39,2%. No entanto, em 2018 cerca de 26,9% das crianças afirmava que nunca tinha tido contacto com um jogo tradicional e os dados do estudo mais recentes revelam que, em 2022, apenas 3,9% das crianças nunca jogou.
De acordo com o estudo, atualmente, há um maior foco das famílias na imaginação e na criatividade das crianças, registando-se um aumento, de 18% para 50,9%. As crianças passaram a brincar menos com outras crianças da mesma idade e mais com os pais e irmãos. Também se verificou que ao longo do ano receberam menos brinquedos.
Estes estudos são o ponto de partida para a 3ª Conferência Estrelas & Ouriços, que se realiza na próxima quinta-feira, dia 24, no Auditório Luiz Vasconcellos do Edifício Impresa, e que tem como tema "Como brincam hoje as crianças em Portugal".
"Brincar é das dimensões mais importantes e estruturantes no desenvolvimento de uma criança, pelo que nos faz todo o sentido aprofundar esta temática. Trazer a voz dos nossos parceiros para o mesmo palco vai oferecer uma enorme riqueza de respostas às famílias e aos profissionais ligados à área da educação, dando continuidade à missão da Estrelas & Ouriços de ser facilitadora da vida em família e em ambiente escola", afirma Madalena Nunes Diogo, diretora-geral da Estrelas & Ouriços.
As inscrições presenciais já esgotaram, mas é possível assistir via streaming.