O relatório da sinistralidade e fiscalização rodoviária da Autoridade Nacional da Segurança Rodoviária (ANSR) mostra que, entre janeiro e outubro do ano passado, 20 782 condutores foram detidos. Um aumento de 24% face ao mesmo período de 2020 (16 756 condutores).
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O balanço, divulgado esta quarta-feira pela ANSR, precisa que "45,8% das detenções se deveram à condução sob o efeito do álcool", num total de 9 513 detidos. Também neste ponto houve um crescimento de 21,4% face a 2020.
No entanto, nos dez primeiros meses de 2021, o tipo de infração que registou um maior aumento (mais 32,6%) no número de detenções foi mesmo a falta de habilitação legal para condução.
Mais de oito mil pessoas (8 979) foram detidas por não apresentar título de condução, seja por ausência do documento, porque a carta caducou ou foi apreendida. A ANSR não distingue as diferentes tipologias.
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Quanto às outras infrações, que não se refletiram em criminalidade rodoviária, o excesso de velocidade continua a ser dos maiores problemas de segurança nas estradas. Entre janeiro e outubro de 2021, correspondeu a 60,2% do total de infrações.
Ainda assim, a infração por excesso de velocidade sofreu uma diminuição (menos -14,7%) face a igual período de 2020.
À semelhança do que já tinha sido apontado pela ANSR no início deste ano, a falta de inspeção periódica obrigatória dos veículos registou o maior aumento (mais 68,4%) entre todos os tipos de infrações. Apesar de apenas representar 5% do total.
A falta de cinto de segurança e de sistemas de retenção para crianças subiram também face a 2020: 19,5% e 37,2%, respetivamente.
Mais acidentes com bicicletas
Muito embora o carro continue a ser a categoria de veículo mais interveniente em acidentes (71% do total), não é o que regista o maior crescimento entre janeiro e outubro de 2021. São os velocípedes, com um aumento de 20,4% face a igual período de 2020. É, no entanto, de salientar que as bicicletas representam apenas 6,1% do total de sinistros.
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O período analisado pela ANSR mostra ainda que houve menos -4,1% vítimas mortais nas estradas do território continental, num total de 325 mortes nos dez primeiros meses de 2021. Por outro lado, houve uma subida dos feridos graves (mais 11,7%), correspondente a 1 714 pessoas que necessitaram de cuidados urgentes.
Registou-se um total de 23 573 acidentes, num aumento de 7% face ao mesmo período de 2020.