Portugal já fez mais de 770 mil testes de diagnóstico covid-19. Percentagem de casos positivos a nível nacional é de 5% mas na região de Lisboa e Vale do Tejo é de 7%.
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"Desde 1 de março já foram feitos mais de 770 mil testes de diagnóstico covid-19", anunciou o secretário de Estado da Saúde, esta quarta-feira, na conferência diária sobre a evolução da pandemia em Portugal. "Conseguimos passar a barreira dos 20 mil testes por dia a 15 de maio", acrescentou António Lacerda Sales.
"Já foram feitos mais testes em maio do que no mês de abril", frisou.
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No entanto, António Lacerda Sales explicou que "a percentagem de testes positivos não é igual em todo o país". Assim, indicou, "a 4 de maio, havia 4% de testes positivos a Norte; 1% no Centro; 0% na Madeira, Açores e Alentejo; 2% no Algarve e 7% em Lisboa", em relação aos testes de diagnóstico efetuados.
"A nível nacional, desde 11 de maio, a percentagem de testes positivos foi sempre inferior a 5%", sublinhou.
O governante fez ainda um ponto de situação em relação à Rede de Cuidados Continuados, referindo que "há casos positivos em 14 unidades, num universo de 359", num total de "39 doentes positivos". E destacou que, desde 22 de abril, não há registo de mortes por covid-19 nestas unidades.
Múltiplas situações em Lisboa e Vale do Tejo
Questionada pelos jornalistas, Graça Freitas afirmou que, na região de Lisboa e Vale do Tejo "há múltiplas situações diferentes".
A diretora-geral da Saúde enumerou "casos dispersos" em Lisboa e a situação da Azambuja que "envolve a concentração em meio laboral, com pessoas que vivem noutros concelhos".
"No Seixal há boas notícias, num dos bairros onde houve 16 casos positivos, quatro já foram dados como curados e não apareceram novos casos", revelou. "Por outro lado, apareceram situações familiares, pequenos focos ligados a coabitação".
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"Apareceu um novo surto num lar, na região de Santarém, em Pernes, com 18 utentes positivos e seis funcionários positivos", avançou a responsável da Direção-Geral da Saúde (DGS).
"O que está a acontecer em Lisboa foi o que já aconteceu em outras zonas do país onde há circulação do vírus", defendeu.
A incidência da epidemia em Portugal apresenta "tendência para decrescer", desde que foi atingido o pico a 26 de março, referiu, exibindo o gráfico que acompanha o boletim epidemiológico diário da DGS.
Só quando a epidemia terminar é que podemos relaxar a nossa atenção
"A situação portuguesa aponta para que os novos casos estejam a reduzir, não estão a aumentar os novos casos, estão a reduzir-se os óbitos e estão a aumentar os casos recuperados", analisou.
"E o famoso R tem-se mantido estável com tendência para diminuir. A situação é favorável", reconheceu, mas "só quando a epidemia terminar é que podemos relaxar a nossa atenção".
Campos de férias e ATL
Graça Freitas indicou ainda que a DGS colaborou com o Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) e que, ainda esta quarta-feira, o IPDJ vai divulgar as orientações para o funcionamento de campos de férias e também de espaços de Atividades de Tempos Livres (ATL).
"Algumas das regras são as que já recomendamos para as escolas e as creches", adiantou.
Em relação ao início do pré-escolar, no próximo dia 1 de junho, Graça Freitas explicou por que estes profissionais não vão ser testados previamente, tal como aconteceu com os funcionários das creches. "O rastreio é preventivo e feito em função do risco da população rastreada ou do risco da população do ponto de vista profissional. Foi por isso que se privilegiou as creches, porque são meninos muito pequeninos que não podem cumprir as regras em função da sua idade."
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