Vários milhares de enfermeiros estão concentrados desde as 16 horas junto à Assembleia da República, num protesto ruidoso que se segue a uma manifestação por várias ruas de Lisboa.
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"Basta!", "Sem medo!" e "Os enfermeiros estão em luta!" são algumas das palavras de ordem mais gritadas pelos manifestantes que enchem o largo e as ruas envolventes ao edifício do parlamento.
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Vestidos com t-shirts pretas, muitos dos enfermeiros exibem flores brancas e balões negros e alguns cartazes com palavras de ordem onde se pode ler também "Respeito!" e "#Não sejas Adalberto!".
A concentração dos enfermeiros começou cerca das 12 horas em frente ao Palácio de Belém, em Lisboa, onde se juntaram mais de três mil profissionais. Os sindicatos esperavam uma subida deste número à tarde, já que outros colegas se iriam dirigir diretamente ao parlamento.
A manifestação dos enfermeiros obrigou ao corte da Avenida da Índia nos dois sentidos, havendo também restrições no trânsito na Calçada da Estrela e na Rua de S. Bento.
Os enfermeiros cumprem hoje o último de cinco dias de greve nacional, sendo que, durante os quatro primeiros dias de paralisação, a adesão dos profissionais rondou valores entre os 80% e os 90%, segundo o Sindicato dos Enfermeiros, que marcou a protesto em conjunto com o Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem.
Várias cirurgias programadas foram adiadas e muitas consultas foram canceladas.
Os enfermeiros reivindicam a introdução da categoria de especialista na carreira de enfermagem, com respetivo aumento salarial, bem como a aplicação do regime das 35 horas de trabalho para todos os enfermeiros, mas a Secretaria de Estado do Emprego considerou irregular a marcação desta greve, alegando que o pré-aviso não cumpriu os dez dias úteis que determina a lei.