O Presidente da República defendeu, esta quinta-feira, a vacinação de todos os adolescentes dos 12 aos 15 anos. "Já acontece na Madeira, mas espero que venha a acontecer nos Açores e no continente", sublinhou, em desacordo com as orientações emitidas pela DGS.
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O chefe de Estado ia pronunciar-se sobre a conquista da medalha de ouro no triplo salto pelo atleta português Pedro Pichardo, mas acabou por aproveitar para defender a imunização das crianças, recorrendo até a uma comparação com o uso de máscaras de proteção.
"Todos nos recordamos que, no início, havia dúvidas quanto à utilidade das máscaras. Eu andei a pregar no deserto durante umas semanas ou meses acerca da utilidade das máscaras e, dois meses depois, concluía-se que eram fundamentais. Dois meses antes eram desnecessárias e contraproducentes", referiu, a partir do Palácio de Belém.
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou, assim, estar "muito esperançado" de que a vacinação dos jovens de 16 e 17 seja rápida para que se chegue "àquilo que ainda não é para agora": a inoculação entre os 12 e os 15 anos. "Já acontece na Madeira, mas espero que venha a acontecer nos Açores e no continente", destacou.
Declarações que surgem um dia depois de a Direção-Geral da Saúde ter esclarecido que os adolescentes saudáveis estão, para já, excluídos do processo de vacinação.
Recorde-se que, no fim de semana, durante a visita ao Brasil, Marcelo Rebelo de Sousa já tinha afirmado que a vacinação das crianças estaria aberta "à livre escolha dos pais", o que acabou por não se confirmar na recomendação feita pela DGS.
O Presidente da República quis ainda "felicitar a forma" como a campanha de vacinação está a avançar, "muito rapidamente", e afirmar que a decisão do Governo de "abrir mais a economia e a sociedade portuguesa" foi uma "boa decisão".
"Os números têm dado razão a essa postura e a essa posição do Governo e espero que a vacinação vá avançando, de acordo com as prioridades que estão definidas e cobrindo até ao limite possível a população portuguesa", concluiu.