Foi a voz dissonante da primeira noite da convenção do PS: a presidente da Associação de Portuguesa de Aposentados Pensionistas, Reformados (Apre!) reiterou as críticas à intenção do PS de baixar a Taxa Social Única, deixando no ar a pergunta: "para quê correr riscos nas contas da Segurança Social?"
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"Tenho as mais sérias dúvidas que a redução da TSU, ainda que progressiva, possa ter o efeito pretendido", disse a militante do PS, Maria do Rosário Gama, antevendo que o eventual "acréscimo do rendimento disponível" das famílias venha a ser destinado ao pagamento de dívidas aos bancos.
"Reduzir as receitas que decorrem do trabalho é, na minha opinião, uma decisão perigosa", disse a militante do PS, Maria do Rosário Gama, deixando um aviso: "retirar a água do deposito e depois desviá-la para outros fins, para encher mais tarde, é arriscarmo-nos a morrer de sede, antes de voltar a encher", disse, deixando um aviso: "se corre mal, os riscos são enormes e o PS vai ser acusado, durante muitos anos, de ter contribuído para o colapso da Segurança Social. O país não irá esquecer e a história também não", disse.
"Há que escolher. Para quê correr riscos nas contas da Segurança Social?", perguntou, deixando claro que a sua escolha é "a oposta". Maria do Rosário Gama já tinha admitido que pode vir a votar contra o programa eleitoral do PS mas, esta sexta-feira, na sua intervenção, não disse se o fará.