Mariana Mortágua diz que Spinumviva vai perseguir a credibilidade de Montenegro
A coordenadora nacional do BE, Mariana Mortágua, considerou, esta quarta-feira, que o caso Spinumviva vai perseguir o primeiro-ministro e a sua credibilidade e disse esperar que a justiça faça o seu trabalho, mas que tenha prazos.
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"Já o dissemos no passado, a Spinumviva vai perseguir o primeiro-ministro, é uma maldição que vai perseguir este Governo e a sua credibilidade, e não é por não responder nem por se fazer de ofendido que isso vai mudar", criticou Mariana Mortágua, à margem de uma ação de campanha para as eleições autárquicas de domingo, em Oeiras, distrito de Lisboa.
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Acompanhada pelos porta-vozes do Livre, Rui Tavares e Isabel Mendes Lopes, Mariana Mortágua foi questionada sobre a notícia avançada pela CNN Portugal na terça-feira de que os procuradores responsáveis pela averiguação preventiva sobre a Spinumviva consideram que deve ser aberto um inquérito-crime ao primeiro-ministro, que será decidido pelo procurador-geral da República.
Na ótica da líder bloquista, "é importante que a Justiça faça o seu trabalho, mas que tenha prazos, critérios e que isso seja um bem aplicado a todas as pessoas, primeiro-ministro ou qualquer outro".
Mariana Mortágua considerou que o caso Spinumviva "é o elefante na sala da governação portuguesa" e insistiu que "chega um momento em que há acusações ou não há acusações e tem que haver uma conclusão para qualquer investigação".
Na terça-feira, em Albufeira, o primeiro-ministro disse estar "estupefacto e revoltado" com o teor das notícias divulgadas sobre o caso Spinumviva e falou mesmo "em pouca-vergonha", dizendo aguardar a "análise e o juízo do Ministério Público".
"Está tranquilo, está revoltado, está estupefacto, porque Luís Montenegro não escolhe uma história a direito e não nos conta uma história a direito do princípio até ao fim, elas têm que estar sempre a mudar, porque evidentemente há sempre qualquer coisa que não está ali completamente certo", criticou Rui Tavares.
No final de setembro, o Procurador-geral da República (PGR) afirmou que o Ministério Público pediu mais documentação ao primeiro-ministro para poder finalizar a averiguação preventiva sobre os negócios da sua empresa familiar Spinumviva, caso na origem da demissão do primeiro executivo que liderou, em março do ano passado.