Ministro cumpriu "todos os procedimentos necessários" para renovar a carta de condução
Ministro Gomes Cravinho assegura que cumpriu todos os procedimentos necessários para a renovação da carta de condução, em resposta a notícia sobre inquérito motivado por uma denúncia anónima.
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A TVI avançou, na quinta-feira, que o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, teria sido favorecido na renovação da carta de condução, no verão passado, pelo então presidente do Instituto de Mobilidade e dos Transportes (IMT), Eduardo Feio, que teria falsificado os procedimentos obrigatórios para a renovação do documento, quando caducado há mais de cinco anos. O então ministro da Defesa tinha 57 anos, sendo a renovação da carta obrigatória aos 50.
Contactado pelo JN, o gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros assegura que o governante "desconhece qualquer tipo de favorecimento, tendo cumprido todos os procedimentos necessários para a revalidação da carta de condução", incluindo tanto o exame prático como a formação teórica (à época online por causa da pandemia).
A garantia vai ao encontro do que escreveu ontem no Facebook a antiga jornalista Olga Leite, que o JN tentou contactar sem sucesso. "O cidadão João Gomes Cravinho fez a formação online teórica comigo e com mais um conjunto de pessoas, no dia 10 de Agosto de 2022, entre as 10 e as 16 horas. Cravinho não me conhece de lado algum, não me pediu que intercedesse por ele, mas devo fazê-lo em nome da verdade!", escreveu.
A notícia avançada pela TVI é baseada numa denúncia anónima que chegou ao Ministério Público, e que, na sequência desta, instaurou um inquérito no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa - um procedimento normal, tendo em conta a receção de uma denúncia visando um titular de um alto cargo político.
Nem o governante nem Eduardo Feio, atual presidente do porto de Aveiro, foram constituídos arguidos.