O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, considerou que os sociais-democratas terão de conseguir "uma maioria ainda mais reforçada" nas próximas legislativas, "no dia que o destino político vier a concretizar" essas eleições.
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Luís Montenegro falava durante um encontro de Natal do Grupo Parlamentar do PSD, na Assembleia da República, numa intervenção em que acusou os partidos que apoiam o Governo do PS de terem vergonha de assumir essa condição, incluindo nesse grupo o BE, o PCP, o PEV e também o PAN.
No que respeita ao PSD, afirmou que os deputados da bancada social-democrata estão prontos para "mobilizar, lá no dia que o destino político vier a concretizar, uma nova apresentação aos eleitores, de cabeça levantada" e traçou o objetivo: "Para tornarmos a ganhar as eleições. Já sabemos que temos de o fazer com uma maioria ainda mais reforçada".
"Somos oposição a este Governo em todas as circunstâncias"
Dirigindo-se ao ex-primeiro-ministro e presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, Luís Montenegro reforçou esta mensagem: "Estamos ao seu lado no parlamento, no partido, para não perdermos de vista a construção de uma alternativa política que queremos, quando for a altura, possa merecer ainda mais confiança do que aquela que merecemos este ano nas eleições legislativas".
Antes, o líder parlamentar do PSD disse que os deputados sociais-democratas constituem "a maior bancada parlamentar da Assembleia da República, mas ainda assim uma bancada da oposição".
"É certo que hoje no parlamento português há uma certa indefinição em saber quem são as bancadas do Governo e da oposição, mas a nossa é objetivamente da oposição. Somos oposição a este Governo sete dias por semana, em todas as circunstâncias, quando estamos dentro do parlamento, fora do parlamento", prosseguiu.
Depois, Luís Montenegro acusou outros partidos de terem "uma dupla personalidade parlamentar e política, porque vestem a roupa que em cada momento mais dá jeito para poderem, no fundo, cumprir aquilo que, isso sim, é indesmentível e inequívoco, que é apoiar politicamente o Governo".
"E esses outros são o PCP, o BE, o PS, o PEV e o partido PAN. Esses são verdadeiramente os partidos da posição. Podem ter vergonha uns dias de o afirmar, mas objetivamente é isso que eles são", vincou.
Na sua intervenção neste encontro de Natal, o líder parlamentar do PSD dirigiu-se também ao atual primeiro-ministro, António Costa, para lhe dizer que "pode estar descansado" pois os sociais-democratas não estão "nada invejosos com a circunstância em que ele está e em que estão os partidos que o suportam".