O primeiro-ministro, Luís Montenegro, recordou hoje Francisco Pinto Balsemão como "símbolo da fundação" do PSD e lembrou as muitas vezes que espicaçava o partido para "aprofundar a social-democracia".
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O presidente do PSD falava aos jornalistas a meio do Conselho Nacional do partido, durante o qual recebeu a notícia da morte do fundador e militante número um dos sociais-democratas, hoje aos 88 anos.
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"Em primeiro lugar, queria transmitir daqui uma palavra de muita solidariedade a toda a família do dr. Francisco Pinto Balsemão e dizer que foi com muita consternação que eu próprio recebi em primeira mão a notícia e a transmiti ao Conselho Nacional do PSD. Naturalmente, prestámos já uma muito justa, merecida, calorosa, profunda homenagem àquele que é o símbolo da nossa fundação, dos nossos valores, do nosso percurso enquanto organização cívica, política e instrumento de intervenção no nosso país", afirmou.
Foram audíveis aplausos no Conselho Nacional depois de Lis Montenegro ter transmitido a notícia da morte de Pinto Balsemão.
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O primeiro-ministro lamentou a "notícia muito triste" da morte de alguém que "foi sempre muito próximo, que foi sempre muito presente, até ao fim" na vida do PSD.
"Sempre com uma palavra amiga, com uma palavra de estímulo, com uma palavra de apreciação, de análise, que em todas as campanhas eleitorais, em todos os momentos de reflexão, nunca escondeu os seus pontos de vista e muitas vezes nos espicaçava para podermos aprofundar a social-democracia à luz daquela que é a situação hoje do país, da Europa, do mundo", afirmou.
Fundador e militante número um do PSD, Balsemão chefiou o VII e o VIII governos constitucionais, entre 1981 e 1983. Fundou o jornal Expresso, antes do 25 de Abril, e mais tarde a SIC.